Atrapalhando o público

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 19:51 Postado por ...Eu pré pós avesso... 1 comentários
Você é uma forma de vida primitiva de aspecto indefinível, mas que, segundo o supercomputador IBM Aptiva K31 e o agente Smith, classifica-se entre os Vermes malditos e o Povo da areia. Entretanto, segundo o Dr. Jack McCoy, você é um porco. Dizem também as más línguas que você é heterossexual, homossexual, bissexual e trissexual nas horas vagas. Evidentemente, se você fosse esperto como Oscar Wilde, negaria essa afirmação. Se você fosse o Chacrinha, tirava a calcinha. Se você fosse o Zico, bebia no penico. Se você fosse o Tostão, tirava o calção. Se você fosse o Kajuru... Bom, deixa pra lá.

Minha

sexta-feira, 17 de junho de 2011 13:27 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários

Faço questão de mim! E talvez eu seja a única, mas não importa, faço questão de me assumir, de andar de mãos dadas comigo no shopping e me levar no cinema, conhecer meus pais, por mais que isso seja difícil. Faço questão de me ouvir chorar e de me dar um tempo pra isso, mas também faço questão de me abraçar e me dizer a hora de parar e seguir em frente. Faço questão de me amar a ponto de lutar por mim o quanto for preciso. O importante é me ajudar a passar pelos momentos difíceis pra me ver feliz e realizada no final. E começar tudo de novo, porque eu não tenho fim.

Você tem?

quinta-feira, 19 de maio de 2011 08:28 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
Como eu já disse e todos já sabem: sou uma tempestade seca, desértica de fogo e areia e a música que se houve quando se está preso nela. Eu sou a prole incestuosa de Desejo, Delírio e Destruição. Eu sou Deus! Eu sou o diabo! Eu sou minha, minha e não de quem quiser!
"Já que eu sou, o jeito é ser". Não que seja ruim, apenas é.

Egoista? Há! Eu batizo minhas feridas com a fé em mim.

Vocês sabem, eu vou sobreviver!

: )

08:22 Postado por ...Eu pré pós avesso... 1 comentários
Uma vez perguntei: O que é mais importante, amar ou ser amado? E me responderam: O que é mais importante para um pássaro, a asa esquerda ou a direita?

14 dias no espaço

08:21 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
“Somos todos imortais. Teoricamente imortais, claro. Hipocritamente imortais. Porque nunca consideramos a morte como uma possibilidade cotidiana, feito perder a hora no trabalho ou cortar-se fazendo a barba, por exemplo. Na nossa cabeça, a morte não acontece como pode acontecer de eu discar um número telefônico e, ao invés de alguém atender, dar sinal de ocupado. A morte, fantasticamente, deveria ser precedida de certo ‘clima’, certa ‘preparação’. Certa ‘grandeza’. Deve ser por isso que fico (ficamos todos, acho) tão abalados quando, sem nenhuma preparação, ela acontece de repente. E então o espanto e o desamparo, a incompreensão também, invadem a suposta ordem inabalável do arrumado (e por isso mesmo ‘eterno’) cotidiano. A morte de alguém conhecido e/ou amado estupra essa precária arrumação, essa falsa eternidade. A morte e o amor. Porque o amor, como a morte, também existe – e da mesma forma, dissimulada. Por trás, inaparente. Mas tão poderoso que, da mesma forma que a morte – pois o amor também é uma espécie de morte (a morte da solidão, a morte do ego trancado, indivisível, furiosa e egoisticamente incomunicável) – nos desarma. O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade."

Ah, o verão!

terça-feira, 29 de março de 2011 07:59 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
Não posso acabar o verão sem dedicar um post especial a alguém. O verão é um período tão peculiar, que merece nosso carinho e atenção. Lembro quando escrevi o post falando da primavera e de como as estações aqui não são bem definidas. E agora que o verão está começando, posso dizer com toda certeza: é uma loucura viver cada uma das estações do ano, principalmente neste século o século em que o raio solar ultravioleta ultrapassa seu nível!
Ver um outono onde tudo está seco e pelado virar um inverno extremamente frio, temperaturas negativas e malucas. Logo em seguida ver nascerem os primeiros brotinhos das plantas e acompanhar a transformação das pracinhas em um lindo jardim florido mesmo que sejam somente folhas e muitas delas, porque em São Lourenço temos muitas praças, acho até que o Prefeito da cidade deveria morar em uma delas, acho que q o povo que votou nele deveria ter prestado mais atenção em suas propostas, né? Por fim, curtir um verão de mais de 40 graus, todos bronzeados, passeando nas ruas e curtindo o sol que parece queimar todos os neurônios, mais que é no mínimo, encantador. Ah, devíamos ir as pracinhas e deixar a laje de lado um pouco.
O verão daqui está se caracterizando por dias muito quentes e secos. Quer dizer, não temos mais aquela chuvinha no final da tarde e quando temos não é como antigamente, que refrescava o calorão que fazia durante o dia e deixava a noite um pouco mais agradável, ao contrário, só esquenta mais e mais.  Agora, depois de um dia em que as temperaturas podem passar dos 38 graus na sombra, baixam para uns 32, 33 graus na madrugada, ou sobem! Ou seja, o calor não dá trégua! E é por isso que vemos tantas pessoas indo tomar banho de mar à noite, fazendo a “festa” embaixo de alguma árvore, tomando um “gelinho” no bar mais próximo ou se esbaldando nas “piscinas públicas” cheias de lamas que há por todos os cantos da cidade. Pois é, nosso prefeito, ele é bem cultural e nos dedica o lazer.
 :P



Mais um objetivo

segunda-feira, 28 de março de 2011 17:32 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários

Tenho uma novidade que há tempos estou para contar e há essas alturas já não é nem tão novidade assim, mas não consegui contar antes. Zoé Conseguiu um emprego na pousada da Espanhola, isso explica um pouco porque quase não a vemos mais, e eu continuo aqui um tempinho mais como se quisesse esperar meu trabalho chegar. Na verdade não é bem um emprego, é uma participação de três meses, juntando os miolos do povo do quartinho de trás em sacos plásticos de lixo, sorte a ela.
Os dois primeiros objetivos consegui cumprir, superando uma ou outra dificuldade, mas o terceiro estava um pouco mais difícil. Primeiro porque não dependia 100% de mim e outra porque a crise está pegando feio por aqui e ninguém está contratando. Já estou quase indo juntar neurônios com Zoé. E sempre tenho a sensação de que “faltou alguma coisa”,
Bingo! Faltou.
Agora fico por aqui tentando estudar para passar no próximo vestibular, estudar, ah coisinha mais chata. Ainda vou ter muitas historias para contar, em um ano muita coisa pode acontecer! Enquanto isso curtimos o calorão e a nova notícia de mudança, que agora não mais em Madri ou Israel, Portugal ou Itália, como nos meus sonhos, mas em Riacho das Almas. Bah! Falando nisso, o verão por lá deve ser extremamente quente, de derreter! Um verão seco, com baixa umidade e nada de chuva, o que faz você ter a sensação de estar cozinhando, 12 meses de inferno! Ouvi outro dia uma senhora na rua dizendo que na Espanha são nove meses de inverno e três de inferno, até que poderíamos ir para lá.

Ah, Um brinde  à Lewoy.

Na base do desprendimento

sexta-feira, 18 de março de 2011 20:49 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
Desde muito pequena eu percebo que diante de uma grande catástrofe, logo vem à tona, as profecias de Nostradamus. Não foi diferente agora pouco, quando houve a catástrofe do Tsunami.
          Isso, inevitavelmente leva-nos a pensar no fim do mundo... Como seria?
          Às vezes me ocorre que seria como uma liquidação de loja de calcinhas da Rua da Concórdia. Mulheres, e homens também, apesar de serem em menor número, como supõe a realidade, abalroando-se completamente envoltos no desespero de conseguir a última peça daquele modelo, que seria por certo, uma passagem de primeira classe para o trem da morte. Muitas passagens rasgadas pela falta de compostura dos competidores e no final... Aquele vazio estranho que toma conta do recinto onde houve uma liquidação.
          Alguém que se sentiu lesado abandona o campo de batalha, e vai para a Dantas Barreto, ver se consegue um exemplar, mesmo pagando mais caro.
          Outras vezes, imagino o fim do mundo, como o pregão da Bolsa de Valores. A disputa seria apenas entre dois investidores.
          De um lado, Jesus Cristo, no seu adorável estilo zen. Do outro, o diabo com o jeitão de político que é alvo de CPI, deveras preocupado em escolher bem os seus comparsas. No meio, as ações, que seríamos nós, completamente loucos tentando descobrir o caminho, a verdade e a maneira certa de não sair prejudicado, exatamente como ficamos diante da urna nas eleições, porque mesmo parecendo tão evidente, corre à boca pequena que o demônio pode muito bem se fantasiar de Jesus e... Se formos enganados? É o caos total...
          Numa terceira especulação, o fim do mundo seria um grande Big Brother Mundi. E será que eu tomaria o partido de algum gay, sem ver daqui de fora o que acontece realmente? Será que eu não ia optar pelo mocinho politicamente correto que parecia ser aquele ser ignóbil? Não sei... É aí que mora o perigo. Porque apesar de respeitar os meus amigos gays, nunca aceitei bem a idéia de ter um filho gay. Isso equivale dizer que o preconceito (ou seja, o pré ou pós conceito) sempre vai existir.  Mais preferia de 1000 para 1, ser mãe de um gay do que de um mocinho ignóbil.
          O maior defeito de um homem não é ser gay; é ser rei: rei da desonestidade, da hipocrisia, falsidade, e, sobretudo, da ignorância.  Mas existem tantas outras possibilidades... É difícil ser preciso nesse assunto.
          O dilúvio não seria mais plausível. Hoje em dia a humanidade é muito mutrêteira. É certo que o mundo só acabaria para os menos favorecidos, e tanto eu quanto você, sabemos que não é bem assim...  Bom, para finalizar, se alguém fizer a passagem antes de mim, e quiser vir me contar como vai ser... É uma idéia.
          Mas por favor, não me puxem os pés.
          Eu morro de cócegas...

Lume Branco

20:47 Postado por ...Eu pré pós avesso... 1 comentários
No fundo houveram traições, amizades destruídas, dinheiro, tribunais. Tudo para que um dia fosse possível alguém partilhar com o mundo: "papel preciso de telhas pró estábulo”...
Uma música ilustra um vídeo com boas memórias (na voz de Nat king Cole), e esta noite, apareceu-me inesperadamente por duas vezes, em versões e vozes diferentes. Da primeira vez deixei passar, da segunda, não tanto, versão pirosa e tudo. Não interessa. Gosto, pronto.

O mundo daí de dentro

20:44 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários

Entrei sozinha, existiam vinte e quatro metros de linhas formando figuras e paisagens. Aí voltei para o outside e me deparei com uma prancha simbolizada por guaches. Dropei no primeiro reef cavei e botei no trilho. Eu não pagaria pelas minhas loucuras... Aquelas páginas negras lá do leilão, pareciam brigar por elas, vozes do subúrbio, intercâmbio musical. Gaiola aberta para entender os pelados do campo de combate, mais vivos do que nunca, e seus gritos... Ritmia expansiva.
Subi na grande pedra, grande pedra do poder, não há ambiente mais antagônico, fora uma banca de revistas, claro. Do alto lembrei-me do grito de Paiva a Gregor, um garoto normal que subiu numa pedra e gritou: - Aí, Gregor, vou descobrir o tesouro que você escondeu aqui embaixo, seu milionário disfarçado. Mas não fiz como ele, e logo pensariam em suicídio, e o diabo a agradecer. Rápido, mudo o canal.
O que quer que eu diga parece pesar toneladas a uma bamba Le lê. Vejam, eu tô aqui escrevendo para um povo que deveria olhar com mais interesse para sua vocação autodidata, para sua irresistível vocação de arlequim, fazendo rir e chorar com palhaçadas misturadas às mais sérias emoções, para sua inquestionável capacidade de transformar lixo em ouro e a sua tão grande vocação para a felicidade. Por mais que boa parte não entenda, ignore, jogue fora tais planos. Os artigos, os antigos panos de prato jogados às costas sujas e só voltem para dizer que estão indo embora, sem ao menos ler a bula do cérebro, tentar entender o reino da alegria, mesmo que toda essa raça de sangue suga pareçam conspirar contra. Não precisamos do aval dos outros para entender e valorizar o que temos de melhor, mesmo que transpareça tão bem a nossa tal natureza morta. Mas ainda: que o modelo ideal a seguir, até porque os nós pros da vida andam gastando seus tempos a entender os barzinhos de beira de estrada, escutando alguma coisa que chamam de música e não conseguem digerir. Sofrer é da vida querido, eu lamento. Alguns só sentem prazer pelo vento.  Declaro aqui meu prazer inoxidado pela vida, assim, como diria um cantor de bolero, deixo uma sombra em seu lugar, onde tanjo minha dor e faço minha forma inédita.


    

(& sua trilha sonora.)

20:38 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
E então, na sala de espera...depois de 4 horas de 'Iz versus Bloco de Notas'...

cof-cof...hum-rum...cof-cof...

My Dear Iz... Um prolixo... E uma lacônica... E talvez o melhor que há entre os nós prós nunca saia daquela rua silenciosa... Izs e sua bolsa bege caminham como se ouvissem The Shins, em música ambiente, hauhauhau... Ou qualquer outra trilha sonora assim serenamente alegre... Com boas pitadas daquela melancoliazinha que aqui e acolá, nos faz sorrir a alma... De tão único é bem dizer um personagem... Hilário! Dentro de qualquer livro ainda não escrito... Inglês, de tão polido e gentil...Francês, de tão complexo...Café, Halls, Clarice Lispector, belíssima. Salve, salve... Espaço Cultural, Peanuts, Budismo, Sarcasmo, Literatura por Paixão, Ficção por Refúgio, Autismo por Opção, Linguisticismo, Eternal Sunshines from Spotless Minds, Salas de Aula... por falta de grana... Pirralhas infernais. Mas há aí Uma pequena parte do que nos une... Hauhauhau. Em off ou em palavras... Now... Em um pretérito mais-que-perfeito... And, I hope, em dias estou ainda por me conjugar...

Embora existam várias interpretações possíveis...

sábado, 12 de março de 2011 09:36 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
...Durante toda a nossa vida ocorrem slogans publicitários que nos marcam.. Quem não se lembra do recente 'diga bom dia com mocambo.. ' ou do 'ar condicionado, oferta da daywo'? Mas será que aqueles que os escrevem têm realmente a noção do impacto que certos slogans podem ter?
Vejamos um caso recente que despoletou a nossa curiosidade.. Um dos slogans que pretende dar um bom motivo para os caros eleitores elegerem tal senhor para presidente da republica tem como slogan 'Portugal maior!'. Embora existam várias interpretações possiveis, entre elas pergunto-me se isto não será uma ameaça à nossa 'querida' Espanha.. Uma tentativa de aumentar Portugal no tamanho e reiniciar o processo de conquistas. Porque vendo bem, o nosso exército já não faz nada que se veja há um tempo...
Uma chamada de atenção para as interpretações menos correctas que podem ser feitas..
Mas viva a publicidade e a todos os slogans que nos fazem sorrir...




Meu

09:23 Postado por ...Eu pré pós avesso... 1 comentários
...Cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se fosse apenas uma semente e eu plantasse esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressiva não, esperava dele apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que ele crescesse livremente...

O Superficial (Guga)

09:17 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
“ ... Agora custa um pouco mais caro e teu preço está sujeito às oscilações da bolsa internacional :) Quando tu voltar, vai ver só, as pessoas falam, apontando: ”Olha, ele acaba de chegar da Europa”, fazem caras e olhinhos, dá status incrível e nesse embalo você pode comer quem quiser, pode crer.”
É, eu sei, fui muito grotesca, fato. Mas me diga se estou mentindo... =D =D

Aqueles Dois

09:14 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
Na verdade nunca me restaram dúvidas. Agora estou quase no final, lamentavelmente. Parei exatamente em um, dois ou, não sei bem se três, após os casos de Adelina, ou seria Gil-da? Enfim, uma mulher como todas. Sem identidade, ou com uma falsa identidade, ou por desvendar sua verdadeira identidade. Estou na história de Aqueles Dois, que em certos momentos me pergunto, não seria Aquelas Duas? Histórias de Raul e Saul, tão diferentes, tão iguais, tão próximos e tão distantes, tão na frente um do outro, tão escondidos. Mas já no inicio dizia: ”Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra”. Impressionante, é quase que instantâneo. Difícil não ter como compartilhar as idéias lidas, pensadas, miraboladas, inventadas, que de tão maduras passam a ficar como Morangos Mofados. “Tão simples, tão clássico”.
Estou quase terminando de ler o livro que me foi dado por ti em meu 21° giro em torno da vida. Como o tempo encontrado para lê-lo é em meio a conturbada vida urbana, só consigo passar de conto para conto durante cada viagem feita na metropolitana da metrópole, huahuahuh... Alguns dias passados li um que pensei: - Não tenho mais dúvidas, ele é f... E é.
:p

Além da Vida

08:58 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
(...)
É bem como falei, se você afirma muito algo, cuidado para esse algo não ser desafirmado... E eu bem tinha dito: “deixemos isso pra lá, quando for a hora certa, resolvemos.” Mas não, a hora certa não chegou e diante do inesperado tudo se rebelou... E eu continuo aqui. Como devia ou como não devia ser, e alguém vai me tirar essa dúvida?
E disseram: ela enxerga além, e justamente por isso ela tem que ficar, para ver o futuro, os galhos criando novas folhas, as pilastras menores voltando cada uma para o seu devido lugar. E Por dias, vejo a claridade por quadradinhos minúsculos, alguns monstros em forma de pequeninos e o olhar soberbo do mal.
Mas tinha que falar, e falei, falhei, abracei-a e disse o quanto gostava dela, e eu não menti, nem omiti. Eu tinha que falar para o seu próprio bem, para o meu bem, então o inesperado aconteceu, eu vi daqueles olhos uma lágrima, duas, muitas... E ouvi um pedido de perdão e senti um coração, não deu para sacar o tamanho, mas um coração quente, pulsando sem parar, um ritmo estrondoso, cheio de coisas boas e alguma coisa má, muito má, segurando-as.
E continuei, mas sinto que não posso esperar as novas folhas, ficarei até os caules criarem forças, a raiz se fortalecer na terra, mas ficar... Bem, não posso. E ela sabe disso, eu sei que sabe. E entenderá, mesmo que para os outros se mostre arrogante, chateada... A deixarei no sono, enquanto dorme será melhor, será uma leve saída à francesa.
Sobreponho-me sobre o holocausto, a pouca idade não me retira a sobrecarga, conheço bem essas artimanhas e nada me faria voltar a não ser a minha própria vontade ou da de lá de cima. Mas agora, por enquanto, tudo anda muito certo, muito calmo, chego a estranhar a cautela dos monstrinhos, intrigante os olhares tortos e o peso que não vemos, mas sentimos como o peso de uns trocentos anos a fio.
Todos os dias quando acordo, faço uma marquinha no calendário, em cada dia e eu bem sei que eles não voltam mais, e vejo ao que o tempo me trouxe ao que ele me transformou, e não entendo porque ele me deu coisas sobrenaturais para conviver, pessoas com seus trejeitos esquisitos e seus gostos e crenças, eu não sei lidar com isso, a única coisa que sei fazer é enxergar muito as pessoas, sem os óculos vermelho que deixo toda manhã na janela do quarto.
Sempre me senti a estranha porque pareço ter um imã que atrai pessoas diferentes, aqueles que mais precisam de ajuda e não querem ser ajudados ou não sabem ser ajudados. É incrível porque isso acontece em todos os momentos, e eu não posso virar a página do calendário, e não adianta fugir, nem se esconder, eles sempre encontram você, em sonhos, pesadelos, fantasias, no ar, na TV, nos noticiários.... Sempre, eles sempre vão te achar.
E digo, eu já passei por momentos bem piores, de não querer ajudar de não querer saber de nada, de tentar tapar os ouvidos e os olhos e enfiar a cabeça dentro d’água...

Meu Bem

08:55 Postado por ...Eu pré pós avesso... 1 comentários
                                                          (...)


Dorme pouco, fala menos ainda, convive com algumas vértebras porque precisa sobreviver. Começou cedo com seus primordiais goles de amnésia imaginária, e vive nessa vida secundária desde então só para passar os tempos primordiais catando andorinhas.
Vida diversificada. Conheceu todos os tipos imaginários de humanos, cantou a maioria, se divertiu com alguns, se apegou a muitos. Por conseqüência, roubaram-lhe a inocência e sucumbiu a futilidade nele. E em cada derretimento de sentidos, em cada decepção, em cada barrocada da vida, parava para os goles de amnésia, que lhe deixava pronto para uma nova história.
Abria o jornal por divertimento, transformava-o logo, logo em bolotas para ser jogado ao vento. Frágil e inseguro, porém mostrava-se titubeante a mais forte ventania, e onde nascesse a chuva e os precipícios lá você o encontrava, e ele te mostraria o quanto poderia voar, mas não voava. O medo de bater as asas era maior que tudo, o medo e o desanimo daquela vida cômoda que vivia. Bater as asas era pedir-lhe demais, era ter que pensar demais e pensar ele não admitia.
Então ela apareceu tão diferente do que ele pensava e possuía coisas tão às avessas da sua vida...
Caminhava distante do precipício, balbuciava ainda a palavra A-V-E-N-T-U-R-A.

Tango de calçada

sábado, 29 de janeiro de 2011 09:48 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
Eu quero agora e quero pra sempre. E agora meu bem, em que lugar virá maldizer minha dor? Se do futuro desgastante me sufocaram a voz que desperdiçaram, e me puseram pra fora e me jogaram no chão e tiraram-me do pódio e em praça pública me saquearam, elevaram minhas roupas e penduraram meus sapatos velhos e no fogo me lançaram pra supor em mim o derretimento das geleiras, e de mim despencaram os truques, os truques de uma vida toda. E o que farei de lamúrias extravagantes que sobram de todos os demais que me entregam de bandeja suas nóias em busca de algum motivo para permanecer vivo? E o que farei com os dias mal dormidos em prol dos sóis avermelhados? E me entregam às postas e fui intimada a resolver os problemas demais e resgatá-los para mim.
Era grande o barulho da chuva, voltei molhada e o frio congelava os meus ossos, abri a geladeira e eles se desgrudaram do corpo, como se fossem de outro corpo, de outra alma, outra face, outra fase... Onde passo e onde nunca estais eu já esqueci o que me falou... Só os outros dos outros conseguem ser fugás. Adormeci...


Qual a cor dos olhos? Já não me recordo qual seu nome...
Qual seu nome?

Pulsação

09:48 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
Eca! Ele comeu gato frito! Exclamava o garoto gordinho, que talvez tivesse definido pela primeira vez uma classe social... E ele realmente comia gato frito enquanto meditava sobre o nada e ignorava as palavras, a luz de um fogaréu de galhos secos.
Um cara pacato, cidade grande. Um dia quis descansar e inventou uma fábula, descansar da mordomia de não ter o que vestir o que falar o que chorar o que comer, de não ter oportunidades. Faltava lhe gordura ao seu organismo e era apenas uma matéria vivente com forma primária.
Hoje lhe apareceu um maldito pirralha, burguês e cheio da gula da luxúria, gritando feito um louco, só porque acabava de ver a matéria vivente fazendo sua refeição noturna. Um gato bem frito e bem pelado, degustado até o último osso da espinha. Não sabia o que era a grande fome o pequeno infeliz.
A vontade que tinha o homem era de enfiar os caninos bem amolados no pirralha e naquela sua enorme barriga gorda, até atravessar a carne e o mandar pastar nos cafundó do sertão. Mas não ficou triste, nem irritado, conteve-se com um sopro, tudo pode mudar e sua vida estava apenas congelada, mórbida. Ele era crônico apenas.
Vingava-se dos poderosos desenhando caricaturas de seus retratos nos jornais. E já estava de alma quase voando. Mas até quando?

Clear and strong

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Inserirão férula na garrafada de room com coca , quando vi sentada ao som uma velhinha, dava pra desistir de ser um moribundo, e deixar ali aquela mistura, para muitos, o reino da alegria, aquilo quando chega à cabeça, na cabeça entre as orelhas... Ah!
Aos rebentos todo meu sinto muito, mas depois de ver aquela garrafinha, Cás vai andando com a cabeça entre as orelhas. E colocaram no copo verde, mas sumiram com o chão. Encostaram as postas sobre as paredes que já pareciam moles e falantes. Aquela presença guardada que não dizia nada, aquela boa noite.
Em cinco minutos falaram demais e adormecerão, assim sem volta depois de rolarem sobre o chão, alguns sambaram e deliravam, enquanto a mistura corroia os seus juízos finais, correspondendo a prazeres vãos. Sobre a garrafa de room com coca, de coca com room, de coca com coca, com e com... Os alucinógenos sem luz e sem dia. Esvaziadas, vidas jogadas ao longe pelo chão.
Observar aquilo de longe e notar os sentimentos que flutuam enquanto se escondem nas ditas garrafadas alucinantes. Vocês e seus sentidos escritos num copo em que derretem seus truques de uma vida toda. Com o sentido da falta da terra aos seus pés, uma prece não vai te dizer, implorando para voltar ao chão. Vemos como a vida é pequena para quem não sabe viver. Quem sabe amanhã não encontrem uma idéia melhor e formulem as respostas de todas as perguntas que sobraram do céu. A terra anda virando um planeta de pessoas sensatas em extinção. Assim deixo tomar conta do meu computador e vou para longe, onde não exista gravidade para não viver nesse planeta doente, onde parte das pessoas ignora gritos de dor. Desejando um bom chá pra curar toda azia.

...

09:40 Postado por ...Eu pré pós avesso... 0 comentários
(...)
Olho no espelho e me espanto, pintura dos olhos borrada e eu sentada num canto fitando essa lona molhada, uma reflexão sobre esse meu processo, hoje, antes, intercâmbio, difusão, sentidos, experimentando assim...
Não ignoro gritos de dor, gritos da alma, que sejam ouvidos com calma, não fui eu nem Deus, não foi você, nem foi ninguém e não se tem condenação. Talvez eu faça uma canção, ciranda encontrando a cura para os meus dias mal dormidos, ou sei lá. Quem sabe não seja sobre as quatro estações das flores, como um espetáculo dividido em quatro momentos, zona de pura alegria.
De onde me vêem? Porque me olham desta forma? Eu, logo eu que sou uma normalista que não se da bem com o público, situada a desabrochar a natureza de almas. Por vezes fica difícil adivinhar essas tais coisas da vida, as flores que fazem parte de um delírio, uma obra específica, desenvolvida ao longo de uns dois últimos instantes. Assim, em silêncio.
Tanta imagem em uma cena vazia, num incessante momento de plena imaginação, parece viagem, delírio, mas na confrontação de suas teorias e práticas que se concentram, verá assim como eu. Eu tenho um sapato branco e um riso amarelo, não tenho medo e não tenho tempo. Poderíamos discutir a formação de nossa sociedade, o jogo político que nos faz reféns e principalmente o quanto temos responsabilidade sobre o que nos cerca. Creio que fica tudo mais interessante se discutirmos por metáforas, tipo um drinque interrompido por algum ruído externo que pode a qualquer instante revelar o inimigo próximo. SEQUELAS, teias cheias de ardis, essas minhas tais bobagens, mas igualmente, tudo terminará em pizza.
O humor da vida tem sido a essência das pessoas, desde a criação, captando a vibração, principal fonte de inspiração, sem métrica de rima, isso, deixo ao resto, à tradição. Fazer variados movimentos imaginários, com o miriti, pano de rede, conversas levadas na beira da estrada, ou seja, arte coletânea e lendária, isso nos faz parecer menos pó.
Agora olho para gigantes, gigantes tais que não sabem sobre seus devidos tamanhos e assim se encolhem em seus locais de fuga, seus concretos. Pobres diabos, não sabem o preço que têm.

A vida é um intervalo finito de duração indefinida. Reflexos e outras cositas más.
Delicadas lembranças...